Arquitectura gótica e alquimia são dois tópicos aos quais dedicarei certamente inúmeros artigos - partindo, naturalmente, dos livros de Fulcanelli. Assim, nada melhor do que introduzir estes temas com uma visita ao maravilhoso Homem Verde que nos dá as boas-vindas num dos pilares do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
Representando o poder vegetativo da natureza, o Homem Verde (face masculinizada composta de folhas de plantas e outros elementos vegetais) merece lugar de destaque em várias culturas e civilizações. Este Homem Verde pode ser encontrado no no pilar posterior esquerdo - que acredito marca o início da viagem à igreja no sentido dos ponteiros do relógio. Num compartimento adjacente, a sacristia, encontramos também um pilar inteiramente dedicado ao Homem Verde, o que confirma a sua importância no complexo arquitectónico dos Jerónimos (podemos vê-lo também no claustro). Relembra-nos assim da profusão de motivos pagãos na arquitectura Católica - e só a capela de Rosslyn, por exemplo, tem mais de 110 representações do Homem Verde, diz a Wikipedia.
Ao contrário de outras figurações semelhantes, pesadas e assustadoras, este Homem Verde mostra uma expressão leve, jovial e quase sorridente, para nos receber calorosamente à entrada do Mosteiro. Só ao editar e melhorar as imagens notei dois fragmentos azuis (?) que parecem estar incrustados nos olhos, na pedra, decisivos para o realismo da sua expressão. Algo para observar em mais pormenor numa próxima visita. Infelizmente, todo o possível material cromático parece te desaparecido - sim, os edifícios góticos eram profusamente coloridos, pelo menos na fachada.
Em cada regresso a Lisboa faço questão de visitar o Mosteiro dos Jerónimos - claro que a proximidade aos pastéis de Belém ajuda! Verdadeira pérola de arquitectura gótica tardia, este Mosteiro oferece-nos um mundo de desafios para os apreciadores de arquitectura, história e simbolismo, e servirá de moto para artigos futuros.
Texto e fotografias de Rafael Fraga © 2013
rafaelfragamusic |at| gmail.com
Representando o poder vegetativo da natureza, o Homem Verde (face masculinizada composta de folhas de plantas e outros elementos vegetais) merece lugar de destaque em várias culturas e civilizações. Este Homem Verde pode ser encontrado no no pilar posterior esquerdo - que acredito marca o início da viagem à igreja no sentido dos ponteiros do relógio. Num compartimento adjacente, a sacristia, encontramos também um pilar inteiramente dedicado ao Homem Verde, o que confirma a sua importância no complexo arquitectónico dos Jerónimos (podemos vê-lo também no claustro). Relembra-nos assim da profusão de motivos pagãos na arquitectura Católica - e só a capela de Rosslyn, por exemplo, tem mais de 110 representações do Homem Verde, diz a Wikipedia.
Ao contrário de outras figurações semelhantes, pesadas e assustadoras, este Homem Verde mostra uma expressão leve, jovial e quase sorridente, para nos receber calorosamente à entrada do Mosteiro. Só ao editar e melhorar as imagens notei dois fragmentos azuis (?) que parecem estar incrustados nos olhos, na pedra, decisivos para o realismo da sua expressão. Algo para observar em mais pormenor numa próxima visita. Infelizmente, todo o possível material cromático parece te desaparecido - sim, os edifícios góticos eram profusamente coloridos, pelo menos na fachada.
Em cada regresso a Lisboa faço questão de visitar o Mosteiro dos Jerónimos - claro que a proximidade aos pastéis de Belém ajuda! Verdadeira pérola de arquitectura gótica tardia, este Mosteiro oferece-nos um mundo de desafios para os apreciadores de arquitectura, história e simbolismo, e servirá de moto para artigos futuros.
Texto e fotografias de Rafael Fraga © 2013
rafaelfragamusic |at| gmail.com
> mais acerca de Fulcanelli, Homem Verde, Mosteiro dos Jerónimos e um vídeo esclarecedor sobre a cor em edifícios góticos: